LEONARDO CALDAS – DA VEJA
Desde o começo do ano, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem sido alvo de um bombardeio de intrigas, maledicências e até de dossiês que circulam dentro do próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os ataques vêm de múltiplas direções, mas o desgaste maior é do Congresso, sobretudo depois que Fávaro enviou 130 milhões de reais do orçamento da pasta para recuperação de estradas e a compra de equipamentos para sete municípios de Mato Grosso, seu reduto eleitoral.
O desgaste é tamanho que o ministro acionou o seu padrinho político, o empresário e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, para tentar uma aproximação maior com Lula.
O presidente, no entanto, apesar do pedido de audiência, não recebeu a dupla no Palácio do Planalto.
Fávaro já sabe que o Centrão discute sua sucessão há algum tempo, mas o problema é que agora o PSD, seu partido, também entrou na fila.
Fontes próximas à direção da sigla garantem que o partido já considera a possibilidade de o ministro ser substituído.
Para não perder o comando da pasta, o PSD acionou suas lideranças.
Um parlamentar da legenda conta que, em discussões internas, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, já reivindicou para si a escolha do próximo ministro.
Ele justifica que contribuiu para eleição da numerosa bancada do partido na Câmara e, por isso, teria prioridade em escolher o eventual substituto. A ver.