sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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CONFUSÃO EM CHAPADA

Delegado acusa esposa investigadora de tentar matá-lo a tiros; ela denuncia agressões

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil instaurou um procedimento para apurar a conduta das partes envolvidas

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

Um delegado da Delegacia Regional de Cáceres de 47 anos registrou um boletim de ocorrência contra a esposa, uma investigadora da Polícia Civil, de 39, e a mãe dela, após as duas supostamente atirar contra ele durante uma briga em Chapada dos Guimarães, na segunda-feira (12).

A investigadora também registrou um B.O. contra o marido negando os fatos e afirmando ser vítima de violência doméstica. Ela disse que já foi agredida por cinco vezes pelo marido, inclusive na frente do filho de 14 anos e da tia, que era empregada doméstica do casal.

Na versão do delegado, a briga teve início após ele dizer que retornaria para Cáceres, mas a investigadora teria dito que “ele não iria sozinho”.

Os dois então seguiram viagem, mas no caminho, a mulher teria dito que não iria mais e que era para deixá-la em casa.

O delegado afirmou que voltou para a casa e pediu para que a esposa deixasse o carro para que ele fosse embora.

No entanto, segundo ele, a investigadora não teria consentido e “abriu o porta luvas do veículo, sacou uma arma e apontou a arma para o declarante”, diz trecho do documento.

Conforme o delegado, ele se esquivou em volta do veículo, momento em que a investigadora teria atirado contra ele.

Ainda segundo o delegado, a mãe da mulher teria saído para saber o que estava acontecendo, quando também teria atirado contra ele. O delegado disse que conseguiu fugir do local correndo.

Já a investigadora afirmou que a confusão começou após o marido ter ficado com ciúmes do padrasto dela.

Após uma discussão entre o casal, o delegado teria, segundo ela, efetuado três disparos na residência.

“Então, que o marido se adiantou e veio na frente e fez o boletim de ocorrência com versão inverídica como se a comunicante fosse a agressora e que tivesse atentado contra a vida dele com os disparos de tiro”, diz trecho do documento.

O casal foi ouvido na Delegacia de Chapada dos Guimarães pelo delegado plantonista, assim como a mãe da investigadora que também teve participação na ocorrência.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil foi acionada, sendo instaurado procedimento para apurar a conduta das partes envolvidas, as circunstâncias do fato e adoção das providências cabíveis ao caso.

 

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