quinta-feira, 14 de novembro de 2024
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“Gramado sintético deveria ser proibido no Brasil”, dispara presidente do Cuiabá

Por outro lado, Cristiano Dresch diz que investimentos na grama natural precisam ser constantes

DO OLHAESPORTIVO 

O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, se posicionou contrário à manutenção dos gramados sintéticos no Brasil. Atualmente três clubes da Série A possuem essas superfícies em seus estádios: o Athletico, na Ligga Arena, o Botafogo, no Nilton Santos, e o Palmeiras, no Allianz Parque.

O assunto voltou a ganhar força nesta semana, após reunião virtual promovida pela CBF com os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, para discutir a utilização deste tipo de superfície na competição.

Ficou definido que não haverá proibição em 2024, mas o clube visitante poderá realizar um treino no estádio que tiver o campo artificial na véspera da partida, se assim desejar.

Clubes favoráveis e contrários deram seus pontos de vista utilizando exemplos técnicos e científicos. Para 2025, a CBF deseja contratar uma consultoria internacional para ter seu próprio veredito.

“Eu acho que o gramado sintético deveria ser proibido no Brasil o mais rápido possível, é uma vantagem competitiva enorme para quem utiliza esse campo mandando seus jogos. A dificuldade que os jogadores que não são acostumados a jogar nesse tipo de grama tem para se adaptar é muito grande, influenciando diretamente no resultado”, disse.

“Quem utiliza o campo artificial por motivos financeiros para arrecadar mais dinheiro com o estádio, e outras coisas que usam essas justificativas para poder continuar usando o gramado sintético, eu acho inválido”, acrescentou.

Por outro lado, Cristiano Dresch entende que os investimentos para melhorias na grama natural devem ser constantes e cita exatamente o exemplo feito pelo Cuiabá na Arena Pantanal.

“É verdade que no Brasil existe uma dificuldade em melhorar os gramados naturais, mas não é algo difícil de se fazer. Na Arena Pantanal, por exemplo, o Cuiabá triplicou o investimento justamente para deixar o campo em ótimas condições”, afirmou.

“O futebol de alto nível precisa ser jogado em grama natural e não em um gramado de plástico, que acaba trazendo uma vantagem competitiva enorme e propicia que esses times sempre consigam vários pontos durante o campeonato, facilitando a vida deles dentro da Série A, sem contar um maior risco de lesões aos atletas”, pontuou.

O Cuiabá manda seus jogos na Arena Pantanal e realiza a manutenção diária do gramado no local. No momento, o campo do estádio cuiabano é um dos melhores do país.

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