A Promotoria de Justiça de Cotriguaçu (954 km de Cuiabá) requisitou à Delegacia da cidade a abertura de investigação para apurar possível crime de omissão de socorro e prevaricação no atendimento a um paciente.
O homem, que estaria caído em uma rua, teria sido deixado no local sem qualquer tipo d resgate ou atendimento.
O pedido do MPE é para investigar a conduta de agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do secretário de Saúde no município e do motorista de ambulância do hospital que atende Cotriguaçu.
O pedido é assinado pelo promotor de Justiça substituto Cristiano de Miguel Felipini, que conduziu uma apuração preliminar do caso.
Segundo o MPE, um vídeo que circula nas redes sociais mostra o homem caído na avenida, próximo a um supermercado, com risco de ser atropelado.
O autor do vídeo contou que já havia ligado para o hospital e foi dito que o Samu atenderia o paciente, mas nada foi feito.
Matérias publicadas na imprensa local, revelam que, além de o Samu não comparecer, o motorista da ambulância teria se negado a fazer o atendimento.
As reportagens citaram, ainda, que o Samu estaria em outra ocorrência e que a ambulância da cidade estava com viagem marcada para o dia seguinte, mas que o motorista não estava de sobreaviso.
“O atendimento pelo SAMU e ambulância municipal integram o serviço de saúde público, sendo o primeiro socorro recebido pelo paciente, muitas vezes fundamental para o tratamento. Por isso, tem-se como inaceitável deixar uma cidade sem atendimento de saúde de emergência e urgência, por violar os direitos constitucionais à vida, à saúde e à dignidade da pessoa humana, previstos na Constituição Federal”, pontuou o promotor.