quarta-feira, 18 de setembro de 2024
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AÇÃO DO PALETÓ ARQUIVADA

“Brechas na legislação brasileira favorecem os vagabundos da política”, critica Mendes

Além de Emanuel Pinheiro, outros sete ex-deputados foram beneficiados

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que as “brechas na legislação brasileira” beneficiam “vagabundos da política” ao comentar a decisão que determinou o arquivamento de uma ação penal contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e outros sete políticos.

O grupo foi filmado pelo então chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Corrêa Araújo, recebendo uma suposta propina (“mensalinho”) no Palácio Paiaguás, entre os anos de 2012 e 2013.

As imagens ganharam repercussão nacional. O vídeo de Emanuel ficou conhecido como “caso paletó”.

“O problema da nossa Justiça são as leis. Tenho certeza que nenhum juiz ou desembargador faz – e nem pode fazer – algo que contraria frontalmente aquilo que está na legislação. Agora, muito provavelmente existem brechas na legislação brasileira que favorecem os vagabundos da política”, disse Mendes ao site Veja Bem MT.

“Aqueles que fazem merda, que roubam dinheiro público, estão sendo beneficiados por uma lei frouxa, frágil, para prender bandido, principalmente os que roubam dinheiro público”, acrescentou.

O arquivamento das ação foi assinada pelo juiz federal Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal de Cuiabá, no último dia 5 de setembro, após a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF-1) declarar nula a gravação do vídeo em que Emanuel aparece colocando os maços de dinheiro no paletó como prova de acusação.

Os desembargadores entenderam que o vídeo foi gravado de maneira ilícita, ou seja, sem autorização judicia.

Também foram beneficiados os ex-deputados José Joaquim de Souza Filho, o “Baiano Filho”, Luiz Marinho, Luciane Bezerra, Gilmar Fabris, Carlos Antônio de Azambuja, Ezequiel Fonseca e Airton Rondina Luiz, o “Airton Português”.

Questionado se teme que possa acontecer o mesmo com as ações cíveis e criminais correspondentes às mais de 20 operações contra a gestão Emanuel, Mendes disse que seria uma “desmoralização” aos órgãos de investigação e ao Judiciário.

“Seria, porque eu não desejo que isso aconteça… Seria uma completa desmoralização da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal, da Delegacia de Combate a Corrupção”, disse.

“Fazer mais de 20 operações e isso acabar em pizza seria a desmoralização completa de todos esses órgãos. Mas eu acredito que eles não vão se desmoralizar e vão honrar o trabalho e aquilo que eles já fizeram nessas operações”, completou.

Veja vídeo: 

 

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