THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Quatro criminosos presos por envolvimento no assassinato das irmãs Rayane e Rithiely Alves Porto, de 25 e 28 anos, em Porto Esperidião, se hospedaram em um hotel de Cáceres após o crime e fizeram compras de roupas e perfumes em lojas de luxo da cidade.
A revelação foi feita pelo delegado regional de Cáceres, Higo Rafael Ferreira, em entrevista ao Jornal da Rádio CBN Cuiabá na manhã desta terça-feira (17).
No total, sete pessoas foram presas e cinco menores apreendidos por envolvimento no caso.
“A Polícia Militar conseguiu localizar os primeiros quatro suspeitos após chegarem em Cáceres, se hospedarem em um hotel, irem em diversas lojas caras e comprar roupas e perfumes”, disse.
“Eles compraram quase R$ 6 mil em roupas no débito, pagaram taxista um valor alto no pix, o hotel no pix. Eles estavam com uma boa quantia em dinheiro”, disse.
Conforme o delegado, o próximo passo agora é investigar de onde veio todo esse dinheiro utilizado pelos criminosos, o que para ele, prova que há mais pessoas envolvidas indiretamente no crime.
Rayane, Rithiely, o irmão delas e o namorado de Rithiely foram sequestrados ao saírem do Festival de Pesca e obrigados a seguirem para uma casa, na região central da cidade.
Ao chegar na residência, conforme o delegado, os criminosos obrigaram as irmãs a fazerem ligações para várias pessoas pedindo a quantia de R$ 100 mil reais para que fossem libertadas.
“As que atenderam disseram que não tinham aquela quantia de dinheiro e ouviram uma pessoa do outro lado da linha dizer ‘já que não tem dinheiro mata todo mundo’”.
As duas irmãs foram torturadas e mortas por golpes de faca. O irmão das vítimas também foi torturado. Ele teve uma das orelhas e um pedaço do dedo cortado. Já o namorado de Rithielly conseguiu fugir pulando o muro da casa e pediu socorro.
O delegado descreveu a cena do crime como “uma verdadeira barbaridade”.
Conforme as investigações, a ordem para matar as irmãs veio de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) após a publicação de uma foto em que elas aparecem fazendo um sinal de uma facção rival.,
A Secretaria de Estado de Segurança Pública isolou o preso suspeito de participação nos crimes e determinou a abertura de um procedimento para apurar o suposto uso de celular de dentro da penitenciária.
Assista a entrevista completa: