THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
A Polícia Federal confirmou os nomes dos seis presos na Operação Bilanz, que apura um rombo financeiro de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá entre os anos 2019 e 2023.
Conforme já noticiado, entre os presos está o médico e ex-presidente da entidade, Rubens Carlos de Oliveira Júnior.
Ele foi detido em Cuiabá e não em Minas Gerais, conforme anteriormente informado.
Outro preso é o economista Eroaldo de Oliveira, que ocupava o cargo de CEO na entidade durante a gestão de Rubens.
Também foi presa a ex-superintendente administrativa-financeira, Ana Paula Parizotto; a ex-diretora financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, a advogada Jaqueline Proença Larréa e Tatiana Gracielle Bassan Leite.
A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da entidade em 2022.
Os crimes apurados são falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Acordo de leniência
Atualmente, a cooperativa é administrada pelo médico urologista Carlos Bouret, que realizou auditoria que revelou o rombo.
A Unimed Cuiabá fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, reconhecendo sua participação em práticas irregulares e se comprometendo a pagar multa de R$ 412.224,70 ao Fundo de Direitos Difusos e Coletivos; implementar um programa de compliance de padrão internacional; cooperar plenamente com as autoridades, incluindo investigações internas.
O MPF, por sua vez, não vai propor ações contra a cooperativa relacionadas aos fatos investigados, desde que as condições do acordo sejam cumpridas.