terça-feira, 5 de novembro de 2024
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ROMBO DE R$ 400 MILHÕES

Justiça manda soltar ex-presidente da Unimed Cuiabá e mais 5 alvos de operação da PF

Todos eles já são réus por falsidade ideológica e uso de documentos falsos

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, determinou a soltura de todos os ex-administradores da Unimed Cuiabá, que foram alvos da Operação Bilanz.

A ação foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30) e apura um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa entre os anos 2019 e 2023.

A decisão foi tomada por volta das 23 horas de ontem, ao final das audiências de custódia em que cinco dos seis presos foram ouvidos.

Horas antes, a juíza federal Rosimayre Gonçalves, relatora convocada do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou o a soltura da advogada Jaqueline Larréa, ex-chefe do departamento jurídico da cooperativa. Ela foi presa em Minas Gerais e, por isso, não passou por audiência em Cuiabá.

Além de Jaqueline, haviam sido presos e obtiveram a liberdade o ex-presidente Rubens Carlos Oliveira Júnior, a ex-diretora administrativa financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, o ex-CEO Eroaldo de Oliveira, a ex-superintendente administrativa financeira Ana Paula Parizzotto e a contadora Tatiana Bassan.

Todos eles já são réus em uma ação penal oriunda da operação por falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A Bilanz

A operação se deu após uma revisão nas contas da cooperativa, que constatou uma série de inconsistências e irregularidades na gestão de Rubens (2019-2023).

Hoje, a Unimed Cuiabá tem como presidente Carlos Eduardo de Almeida Bouret.

O achado mais relevante foi o balanço contábil de 2022, que teria sido “maquiado”. Segundo a investigação, o balanço inicialmente apresentava saldo positivo de R$ 370 mil, mas a auditoria demonstrou inconsistências de R$ 400 milhões.

Dentre os problemas elencados estão contratos irregulares, antecipação de pagamentos de forma indevida, relação desigual com fornecedores, aquisições e construção de obras sem a autorização em assembleia geral, entre outras muitas questões que colocaram a conta da cooperativa em estado alarmante.

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