THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, determinou a soltura de todos os ex-administradores da Unimed Cuiabá, que foram alvos da Operação Bilanz.
A ação foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30) e apura um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa entre os anos 2019 e 2023.
A decisão foi tomada por volta das 23 horas de ontem, ao final das audiências de custódia em que cinco dos seis presos foram ouvidos.
Horas antes, a juíza federal Rosimayre Gonçalves, relatora convocada do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou o a soltura da advogada Jaqueline Larréa, ex-chefe do departamento jurídico da cooperativa. Ela foi presa em Minas Gerais e, por isso, não passou por audiência em Cuiabá.
Além de Jaqueline, haviam sido presos e obtiveram a liberdade o ex-presidente Rubens Carlos Oliveira Júnior, a ex-diretora administrativa financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, o ex-CEO Eroaldo de Oliveira, a ex-superintendente administrativa financeira Ana Paula Parizzotto e a contadora Tatiana Bassan.
Todos eles já são réus em uma ação penal oriunda da operação por falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
A Bilanz
A operação se deu após uma revisão nas contas da cooperativa, que constatou uma série de inconsistências e irregularidades na gestão de Rubens (2019-2023).
Hoje, a Unimed Cuiabá tem como presidente Carlos Eduardo de Almeida Bouret.
O achado mais relevante foi o balanço contábil de 2022, que teria sido “maquiado”. Segundo a investigação, o balanço inicialmente apresentava saldo positivo de R$ 370 mil, mas a auditoria demonstrou inconsistências de R$ 400 milhões.
Dentre os problemas elencados estão contratos irregulares, antecipação de pagamentos de forma indevida, relação desigual com fornecedores, aquisições e construção de obras sem a autorização em assembleia geral, entre outras muitas questões que colocaram a conta da cooperativa em estado alarmante.