THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a prisão do empresário Edézio Correa, principal alvo da Operação Gomorra, deflagrada na semana passada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE).
A decisão é assinada pelo desembargador Helio Nishiyama e foi publicada nesta terça-feira (12).
Na mesma decisão, ele revogou a prisão dos demais investigados no esquema: a esposa de Edézio, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição; a irmã dele Eleide Maria Correa; os sobrinhos Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva.
A operação investiga um esquema de fraudes a licitação e desvio de recursos no município de Barão de Melgaço por meio da aquisição de combustível.
Conforme o MPE, o esquema era liderado por Edézio, que foi réu colaborador da Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.
As supostas fraudes teriam ocorrido em contratos realizados com as empresas de Edézio Correa, que tem como sócios a sua esposa, a sua irmã e seus sobrinhos.
O grupo é proprietário da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações, Pantanal Gestão e Tecnologia, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e Centro América Frotas Ltda.
De acordo com o MPE, a suspeita é de que as empresas possua contratos homologados em mais de 100 prefeituras e câmaras do Estado.
Nos últimos cinco anos, elas receberam a quantia de R$ 1,8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE) .