quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
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NEGATIVA DE VAGAS

Chefe do MPE aponta falhas e admite pedir nova intervenção na Saúde de Cuiabá

O requerimento foi anexado em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, sob a relatoria do desembargador Orlando Perri

O procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, requereu ao Tribunal de Justiça que solicite ao Tribunal de Contas do Estado, em caráter de urgência, a análise de várias inconsistências apontadas pelo Governo do Estado em relação à prestação dos serviços de saúde em Cuiabá.

O requerimento foi anexado em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, que está sob a relatoria do desembargador Orlando de Almeida Perri.

No documento, o procurador solicita que, caso as falhas apontadas não sejam sanadas a curto prazo, o processo retorne ao MPE para que seja avaliada a possibilidade de um novo requerimento para imposição de medidas judiciais ou, eventualmente, uma nova intervenção na saúde da Capital.

No ofício encaminhado ao Ministério Público Estadual, o governador Mauro Mendes, e o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmam que têm enfrentado diversos problemas desde que o Estado assumiu a estadualização da regulação de urgência e emergência do município de Cuiabá, em junho de 2023.

Dentre os problemas mais graves, a constante negativa de vagas pelas unidades hospitalares sob gestão municipal a sua própria rede de atenção secundária (UPAS e Policlínicas).

O Governo do Estado também reclamou da ausência de especialidades médicas no âmbito do Hospital São Benedito, redução de equipes, ausência de materiais/insumos no âmbito do Hospital Municipal de Cuiabá, inconstância na realização de procedimentos eletivos, constante solicitação de transferência à rede estadual por ausência de resolutividade, entre outros problemas.

A crise enfrentada, conforme relatado no ofício, tem acarretado a superlotação e aumento na taxa de permanência dos pacientes no âmbito das UPAS e Policlínicas, aumentando o risco de infecções e óbito dos pacientes nessas unidades.

Foram destacados ainda sobrecarga nas unidades hospitalares sob gestão estadual e a redução dos procedimentos de alta complexidade eletivos que são realizados no âmbito dos hospitais estaduais.

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