O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta terça-feira (3), a Operação Nexus, que apura possível ligação de agentes públicos com a organização criminosa Comando Vermelho de Mato Grosso.
A ação teve início após depoimento do criminoso Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”.
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec).
A operação busca arrecadar documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e enriquecimento ilícito.
Segundo o Gaeco, apesar de a Associação não possuir capital social, movimentou entre o período de 18/09/2019 a 03/07/2023, mais de R$ 13 milhões.
Segundo o Gaeco, Sandro Louco, um dos líderes da organização criminosa, preso em outro processo, disse em interrogatório que a cantina/mercadinho da Penitenciária Central do Estado (PCE) teria se vinculado à facção criminosa.
O réu disse que o estabelecimento possibilitava a circulação de mercadorias e capitais de maneira autônoma pelos líderes faccionados. Sugeriu também a ocorrência de movimentação milionária de dinheiro em espécie no local, sem qualquer fiscalização, por servidores públicos investigados e reclusos da unidade prisional e que toda a verba transacionada era relacionada à Aspec.
Força-tarefa
A operação é feita em conjunto com a força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
De origem Latina a palavra Nexus, nome da operação, significa vínculo ou conexão.