O Brasil enfrenta uma encruzilhada econômica. Após anos de altos e baixos, é imperativo que o país avance com responsabilidade fiscal, políticas consistentes e um compromisso claro com a sustentabilidade econômica. Os próximos anos exigirão liderança, planejamento e, sobretudo, inspiração em modelos de gestão que já têm dado certo.
Entre os desafios que se destacam, é essencial abordar o controle dos gastos públicos, a contenção da inflação e o equilíbrio cambial. Contudo, mais do que identificar problemas, é hora de apontar soluções concretas e reconhecer exemplos de sucesso, como o que vemos no estado de Mato Grosso.
A gestão fiscal é a base para qualquer estratégia de crescimento sustentável. Nesse aspecto, o governo de Mato Grosso tem se destacado como um modelo para o país. O estado fez o “dever de casa”, ajustando suas contas e implementando políticas fiscais rigorosas, que hoje o colocam como referência em eficiência administrativa no Brasil.
Enquanto muitos estados enfrentam dificuldades financeiras, Mato Grosso alcançou o maior índice de investimento público proporcional do Brasil, destinando cerca de 20% de sua receita para áreas estratégicas. Esses recursos estão sendo aplicados em infraestrutura, saúde e educação, pilares essenciais para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.
O governo federal tem muito a aprender com a experiência de Mato Grosso. A disciplina fiscal adotada aqui mostra que é possível fazer mais com menos, priorizando investimentos de impacto e reduzindo despesas desnecessárias. Esse exemplo deve servir como inspiração para uma gestão pública que equilibre contas, sem perder de vista o desenvolvimento.
A inflação, exige vigilância constante. A preservação da independência do Banco Central é crucial para que decisões técnicas sejam tomadas com base em dados e projeções econômicas.
Ao manter a inflação dentro da meta, garantimos previsibilidade para o mercado e preservamos o poder de compra das famílias. Em Mato Grosso, a estabilidade de preços é particularmente importante para o agronegócio, setor que depende de previsibilidade para planejar safras e negociar contratos internacionais.
O câmbio também merece atenção especial. A volatilidade da moeda pode trazer impactos significativos para o setor produtivo. Mato Grosso, líder em exportações agrícolas, sabe o quanto um real desvalorizado pode beneficiar as exportações, mas também encarecer insumos como fertilizantes e máquinas, essenciais para mantermos nossa competitividade global.
O desafio do governo federal é encontrar um ponto de equilíbrio cambial que favoreça os exportadores sem prejudicar a economia doméstica. Uma política cambial clara e bem estruturada é indispensável para garantir esse equilíbrio.
Além das responsabilidades do governo, o setor privado tem um papel crucial na construção de um Brasil mais próspero. Aqui no LIDE Mato Grosso, trabalhamos para estimular o diálogo entre empresários e governo, promovendo ações conjuntas que impulsionem o crescimento econômico.
Mato Grosso já provou que é possível transformar desafios em oportunidades por meio de uma gestão pública eficiente e investimentos estratégicos. Agora, é hora de o Brasil seguir esse exemplo, priorizando o controle fiscal, a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável.
Mato Grosso é a prova de que o controle dos gastos públicos e uma gestão fiscal eficiente são o caminho para o desenvolvimento. O Brasil tem muito a aprender com esse exemplo de sucesso.
Igor Taques é presidente do LIDE Mato Grosso