sexta-feira, 18 de abril de 2025
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MORTE DE MORADOR DE RUA

“Danos em carro não justificam crime”, diz delegado sobre ação de procurador da AL

Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva será responsabilizado por homicídio qualificado por motivo fútil, emboscada e traição

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que confessou ter matado um morador de rua, em Cuiabá, será responsabilizado por homicídio qualificado por motivo fútil, emboscada e traição.

A informação foi confirmada pelo delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11).

Conforme o delegado, a alegação do acusado de que a vítima teria danificado seu veículo não justifica o crime.

“O veículo foi apreendido e apresenta danos visíveis que serão avaliados pela perícia, mas Mesmo que os danos sejam confirmados, isso não justifica a morte da vítima. Dano material não justifica homicídio”, afirmou.

O crime ocorreu na noite de quarta-feira (9), na Avenida Edgar Vieira, nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A vítima foi identificada como Ney Muller Alves Pereira.

O acusado foi preso em flagrante ao se apresentar espontaneamente na sede da DHPP na tarde de quinta-feira (10). De acordo com o delegado, a prisão foi possível porque diligências já estavam em andamento e a polícia já havia identificado o autor, seu veículo e seu endereço.

Segundo a versão apresentada por Luiz Eduardo e detalhada por Pick, o procurador jantava com a família em um posto de combustíveis quando observou que a vítima estaria depredando veículos estacionados no local, incluindo sua Land Rover.

Após constatar os danos, ele levou a família para casa, procurou atendimento em dois postos da Polícia Militar — um no Shopping 3 Américas e outro no bairro Boa Esperança — e, ao retornar para sua residência, encontrou a vítima na rua e efetuou os disparos.

“Essa foi a dinâmica dos fatos, resumidamente”, explicou o delegado. “Ele disse que queria apenas tirar satisfação com a vítima e que não tinha intenção de matar, mas no momento acabou atirando”, afirmou Pick.

Agora, as investigações prosseguem com o depoimento de testemunhasse e análise de outras imagens do local.  O inquérito tem prazo de 10 dias para ser encerrado.

O procurador passou a noite na unidade policial e será encaminhado para audiência de custódia nesta sexta-feira (11), ocasião em que a Justiça irá decidir se mantém sua prisão ou o solta.

 

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