O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que o projeto da Trincheira Jurumirim, na Avenida Miguel Sutil, foi uma “porcaria” e culpou o governador Mauro Mendes (DEM) – que à época da obra ocupava a cadeira principal do Palácio Alencastro. Em resposta, o chefe do Executivo municipal disse que o emedebista ocupava cargo de parlamentar no período e poderia ter fiscalizado a construção da passagem.
Conforme noticiado pelo Jornal da CBN Cuiabá, a trincheira será fechada pelo período mínimo de sete meses para reparos estruturais. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) sinalizou início da obra para o dia 8 de março, data que foi descartada pelo prefeito da Capital.
“Primeiro lugar, vocês lembram no governo de quem essa obra. Do Silval e o prefeito era Mauro Mendes. E ele deixou fazer. É o que eu não deixo fazer. Eu não deixo fazer porcaria. Ele deixou arrebentar com Cuiabá e agora está querendo corrigir e lançar como grande obra dele, o que ele deixou fazer quando era prefeito. É isso, não é perseguição. Estou falando sem nenhuma retaliação, estou constatando fatos”, disse Emanuel.
De acordo com o prefeito, a Sinfra apresentou o pré-projeto de reforma da trincheira, mas o planejamento ainda é analisado pela Secretaria de Obras Públicas da Capital. Em Cuiabá, de acordo com normativa municipal, nenhuma obra dentro do perímetro da cidade pode ser iniciada sem que haja liberação da prefeitura via decreto.
“Eu estou vendo dizerem dia 8 de março. Então eu não sei onde eles vão fazer, porque aqui, no dia 8 de março eles não vão começar. Primeiro eles têm que apresentar o projeto. E nós não queremos que ocorra o que fizeram no passado. Por falta desse zelo deles, é que entregaram essa porcaria aí”, afirmou o prefeito.
Ao ser questionado sobre os apontamentos de Emanuel, o governador minimizou as falas do emedebista e disse que o prefeito, que à época era deputado, deveria ter fiscalizado as obras.
“Ele como deputado e presidente da Comissão de fiscalização das obras da Copa, permitiu. Ele era deputado e quem fiscaliza governo é deputado. E ele não fiscalizou”, apontou Mendes.