Um líder indígena e um servidor da Funai foram presos na tarde do último domingo (20), durante a Operação Ato Reflexo, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ibama.
A ação visa desarticular uma associação criminosa envolvida em crimes ambientais e crimes contra a administração pública envolvendo – além dos presos – garimpeiros ilegais.
Durante ações de fiscalização em uma terra indígena localizada entre os municípios de Juína e Aripuanã, foram apreendidos dois celulares.
Após a análise dos aparelhos, foi constatado que o servidor da Funai estava trabalhando como “agente duplo”.
Ele usava de sua função pública para repassar, previamente, informações a alguns garimpeiros sobre a realização de operações de crimes ambientais realizadas por policiais federais e o IBAMA.
Segundo as investigações, ele estaria cobrando propina para dar tal informação.
Ainda conforme a PF, a liderança indígena presa na ação recebia 20% do ouro extraído da Terra Indígena.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Federal.
O proprietário de máquinas a quem foi transmitida a informação de que haveria operação policial dirigida aos garimpos até o momento encontra-se foragido.
As investigações seguem para identificar os indivíduos envolvidos nas demais práticas criminosas investigadas.