O procurador-geral de Justiça José Antônio Borges abriu uma apuração a respeito do uso de uma emenda parlamentar de R$ 450 mil para realização do reality show “Casa Digital MT”.
O procedimento, denominado “notícia de fato”, foi oficializado pelo chefe do MPE na última segunda-feira (27).
Inicialmente, ele solicitou informações à Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), à Assembleia Legislativa e ao ex-deputado Jajah Neves, que é realizador do reality.
A investigação foi aberta após um pedido feito pelo presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), que é o autor da emenda.
Botelho alegou ao MPE um possível desvio de finalidade na aplicação do recurso.
Segundo ele, a emenda teria como finalidade a capacitação de digitais influencers para posterior divulgação das potencialidades econômicas, culturais, gastronômicas e turísticas de Mato Grosso.
A polêmica veio à tona na última semana, após o lançamento do reality gravado em uma residência no Distrito de Bomsucesso, em Várzea Grande.
Ao todo, nove influenciadores foram confinados por oito dias.
No último domingo, o reality chegou ao fim e entregou ao vencedor, Leo Macedo, um prêmio de R$ 25 mil.
Após a repercussão do fato, Botelho disse ter sido “ludibriado” e afirmou que não tinha conhecimento de que a emenda seria destinada à realização de um reality show.