O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, classificou como “nefastas” as declarações do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em vídeo publicado no Twitter, Jefferson chama a magistrada de “prostituta”, dentre outra série de xingamentos.
A filmagem foi publicada no perfil da filha de Roberto Jefferson, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ).
“O Ministério Público do Estado de Mato Grosso vem a público manifestar o mais eloquente repúdio às declarações absolutamente inaceitáveis e do mais baixo calão do ex-deputado”, disse o chefe do MPE-MT.
“Além de ofender moralmente a ministra Carmem Lúcia, detentora de uma trajetória jurídica e moral invejável, as nefastas declarações do ex-deputado também trazem em seu bojo fortes ranços de misoginia, ofendendo a todas as mulheres brasileiras”, emendou, José Antônio Borges.
Em nota publicada neste domingo, o procurador disse que a liberdade de expressão é valor sagrado do Estado Democrático de Direito, mas deve ser exercida com responsabilidade e respeito.
“[A liberdade de expressão] não deve servir para encobrir ataques de ódio de qualquer natureza”, concluiu.
Ataques
Os ataques do ex-deputado ocorreram após decisão do TSE contra a emissora Jovem Pan, punida por seus comentaristas distorcerem informações e ofenderem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Cármen Lúcia acompanhou o voto de Alexandre de Moraes, assim como os colegas Ricardo Lewandowski e Benedito Gonçalves.
No sábado (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) repudiou a “covarde e abjeta agressão desferida contra a Ministra Cármen Lúcia”.
O presidente, ministro Alexandre de Moraes disse que tomará todas as providências institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia.
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