A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos indiciou, nesta segunda-feira (28), um motorista do Uber pelo crime de estelionato praticado contra uma passageira de 53 anos, em Várzea Grande.
A vítima procurou a delegacia especializada e informou que na noite de domingo (27) estava no bairro Vila Arthur quando solicitou uma corrida com destino a sua residência, no São Matheus.
O motorista, conduzindo um Chevrolet Cobalt, a atendeu e ao chegar no destino final da corrida, ela perguntou se ele tinha máquina de cartão para que pudesse efetuar o pagamento.
O motorista disse que não tinha a máquina a vítima afirmou que poderia pagar via Pix, mas, que não enxergava direito e não sabia processar o pagamento pela modalidade.
Ele se dispôs a realizar a transação bancária para a vítima que, acreditando na boa-fé e devido à limitação visual e por não saber operar o aplicativo bancário, confiou e entregou o celular com o aplicativo desbloqueado e a senha de sua conta para que o homem pudesse fazer o Pix.
A vítima relatou ainda que como estava demorando muito para realizar o pagamento, ela se dispôs a ir até a casa do vizinho e emprestar o valor, mas o motorista insistiu, afirmando que daria certo a transferência, que estava demorando porque a internet estava com sinal fraco.
E, em vez de fazer a transferência no valor real da corrida, de R$ 33,02, ele transferiu R$ 1.000,00 da conta da vítima para uma mulher que depois os policiais identificaram que é namorada do motorista.
A equipe da Derf realizou diligências e conseguiu localizar a dona da conta que recebeu o Pix e ela informou que na noite de domingo, o suspeito ligou, dizendo que transferiria mil reais para a sua conta e depois, lhe telefonou novamente pedindo que, daquele valor, transferisse 500,00 para a conta dele.
A namorada do suspeito informou ainda que era a terceira vez que ele transferia valores para a conta bancária dela.
A mulher foi detida, encaminhada à Derf e restituiu à vítima o valor de R$ 1.000,00.
Após saber da prisão da namorada, o suspeito se apresentou na unidade especializada e, ao ser interrogado pela delegada Elaine Fernandes, ele, inicialmente, negou os fatos e alegou que tudo não passava de um mal entendido.
Porém, ao ser confrontado sobre as provas, ele acabou confessando o golpe.
O acusado já tem duas condenações criminais anteriores por roubo majorado e homicídio qualificado.