O PSD dever ter 2 ministérios no governo de Luíz Inácio Lula da Silva (PT). O 1º seria da bancada do Senado. O outro, da Câmara. Os nomes mais cotados, neste momento, são do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) e do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).
No 1º caso, Fávaro deve assumir o cargo de ministro da Agricultura. Seu nome foi ventilado ao longo da campanha, quando coordenou o núcleo sobre o tema.
Sua suplente era o problema. Margareth Buzetti (PP-MT) é apoiadora do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). O receio era perder um voto na Casa, onde Lula terá dificuldade em construir maioria.
Recentemente, porém, uma articulação liderada pelo ex-ministro Blairo Maggi reduziu os riscos. Buzetti vai se filiar ao PSD e ficará sob a sua tutela. Seus votos serão com o governo.
Ela também deve dividir a vaga de senadora com o 2º suplente de Fávaro, caso ele seja escolhido ministro. José Lacerda é filiado ao MDB, e deve ir para o PSD para fazer esse rodízio.
A ideia é deixar claro que quem quer que seja que assuma a vaga, irá seguir a linha do titular.
Fávaro é lembrado para a pasta de agricultura por sua origem. Foi presidente da Aprosoja-MT e fundador da FPA. É bem-visto pelo setor.
Outros nomes citados para a Agricultura incluem o deputado federal e ex-ministro no governo de Dilma Rousseff Neri Geller (PP-MT) e o ex-secretário da Agricultura de São Paulo Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
O último trabalhou com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Caso o PSD não fique com a agricultura, outro nome forte no Senado para ser ministro é Alexandre Silveira (MG). Ele coordenou a campanha de Lula em Minas Gerais e tem bom relacionamento com o presidente eleito.
Lula deve anunciar alguns ministros na semana que vem. As maiores expectativas giram em torno de pastas ligadas à Economia e Defesa.
A reportagem é de Guilherme Waltenberg – Poder 360