quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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A MANDO DE FACÇÃO

Filha de traficante atraiu vítimas para morte com desculpa de trocar lâmpada

Segundo a PJC, a suspeita morava em uma quitinete ao lado de duas vítimas

Investigações da Polícia Civil apontam que a jovem Erickelly de Jesus Albernaz, de 21 anos, foi responsável por armar uma emboscada que atraiu quatro maranhenses para a morte.

Ela é filha do traficante Enatel dos Santos Albernaz, o “Maninho” – assassinado em 2015, no Bairro Pedregal – e foi presa nesta semana em um shopping da Capital, durante a Operação Kalúpto.

A ação investiga o sequestro e assassinato de quatro jovens do Maranhão, ocorrido em 2021 na Capital. Eles tinham vindo para Mato Grosso em busca de trabalho. As vítimas foram sequestradas e mortas por uma facção criminosa.

Segundo a PJC, a suspeita morava em uma quitinete ao lado de duas vítimas.

Na tarde em que os homens desapareceram, Erickelly chamou dois deles para que a ajudassem a trocar uma lâmpada na quitinete dela.

Nesse ínterim, o grupo criminoso capturou os dois rapazes que estavam na casa e outros dois que estavam nas proximidades do local. Os quatro foram torturados e depois executados.

“Ela foi ouvida em três ocasiões diferentes na DHPP e em todas alegou que não conhecia as vítimas, que não morava mais no conjunto de quitinetes. Mas a investigação apurou que ela conhecia todas as vítimas, inclusive atraiu os rapazes ao local, de onde depois foram sequestrados e mortos pelo grupo criminoso”, explicou o delegado responsável pelo inquérito, Caio Fernando Albuquerque,

Conforme o delegado, a jovem atendeu à risca a ordem da facção, negando que conhecesse as vítimas.

Ouvida no inquérito policial, a mãe da presa, que é proprietária das quitinetes, também seguiu a mesma ordem dos criminosos e alegou que não tinha conhecimento do que ocorrera com as vítimas. Ela ainda tentou alegar que a filha desconhecia os fatos ocorridos.

Além de condenar as quatro vítimas a um tribunal da facção, os integrantes da organização criminosa também coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá porque receberam ameaças de morte.

Foram executados: Tiago Araújo, de 32 anos; Paulo Weverton Abreu da Costa, de 23; Geraldo Rodrigues da Silva, de 20; e Clemilton Barros Paixão, também de 20.

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