domingo, 22 de dezembro de 2024
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SUSPEITAS NA SAÚDE

Justiça sequestra R$ 1 milhão de alvos de operação que prendeu ex-secretário

Polícia Civil ainda apreendeu R$ 30,9 mil em dinheiro na casa de um dos investigados

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A Justiça determinou o sequestro de mais de R$ 1 milhões de dois alvos da Operação Hypnos, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, foi preso na ação.

A operação apura um suposto esquema de corrupção que teria se instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça.

Durante a ação, a Polícia Civil ainda apreendeu R$ 30,9 mil em dinheiro na residência do alvo principal da operação.

Fora o dinheiro bloqueado, os policiais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão domiciliar e dois afastamentos cautelares de exercício da função pública.

A operação desta manhã teve como base relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado que apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.

Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.

As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.

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