A Polícia Civil indiciou três pessoas pelos crimes de associação criminosa e maus-tratos de animais pela prática de “rinhas de galo”, em Brasnorte. As investigações apontaram que até políticos da cidade participavam das apostas que somavam milhões de reais.
Segundo a Polícia Civil, um dos indiciados constantemente se gabava de ter ganho R$ 100 mil em uma única luta entre os animais.
A conclusão do inquérito foi encaminhado nesta semana ao Poder Judiciário.
As investigações tiveram início após diversas denúncias referente a um grupo de pessoas, entre elas políticos do município, que atuava com rinhas de galo.
A equipe da Delegacia de Brasnorte iniciou a busca por elementos que comprovassem os fatos, conseguindo identificar uma chácara onde estariam alguns animais e também onde ocorreriam as disputas.
Em diligências na propriedade, foi possível avistar de longe animais e os objetos destinados à prática criminosa.
No local, foi identificado que os galos ficavam em uma parte separada da propriedade, denominada “rinheiro”, que também seria onde as brigas entre os animais aconteciam.
Segundo informações, os galos que estavam no local pertenciam a donos distintos e constantemente recebiam medicações, supostamente para serem preparados para as disputas.
Os confrontos entre os animais geralmente aconteciam em finais de semana e reunia pessoas de outras cidades, como Juara e Campo Novo dos Parecis, que vinham para assistir as brigas e fazer apostas em dinheiro.
O delegado responsável pelas investigações, Eric Fantin, relata ainda que no criadouro foi identificada a existência de 10 galos para cada galinha, uma vez que a reprodução não teria com fim a quantidade e sim a melhoria genética, feita sem conhecimentos técnicos necessários, pelos responsáveis pelos animais.
“Era uma reprodução feita a ‘olho’, em que o que se buscava era a criação de galos ‘bom de briga’”, ressalta o delegado.