sexta-feira, 8 de novembro de 2024
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RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO

Flagrantes evidenciam precariedade e abandono em unidades de saúde de Cuiabá; veja

Profissionais da saúde e pacientes enfrentam calor intenso por falta de climatização, de banheiros, entre outros problemas

Vídeos e fotos divulgados pelo Gabinete de Intervenção evidenciam a situação extremamente precária e de completo abandono em unidades de Saúde de Cuiabá.

É o caso da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Jardim Leblon, que tem rachaduras por todos os lados, goteiras, janelas quebradas, fiação exposta, falta de climatização, de abastecimento de água constante e de ambulância, entre outros problemas.

A unidade atende em média 60 pessoas por dia.

Os pacientes aguardam em pé ou sentados em cadeiras quebradas. Praticamente todas elas estão sem encosto.

“Os móveis que temos aqui são todos frutos de doação de outras unidades de saúde que trocaram e enviaram esses para nós. Também temos problema de falta d’água e tem dias que não tem uma gota d’água. Acho difícil que tenha unidade em situação tão ruim quanto a nossa”, afirma a enfermeira responsável pela USB, Marta Cristina Cruz.

A policlínica do Bairro Planalto está com o box de emergência desativado por causa do desabamento do forro; banheiros dos funcionários interditados por falta de encanamento; necrotério sem porta por causa dos cupins; goteiras por toda a parte, incluindo a farmácia e caixa d’água com vazamentos.

A enfermaria está funcionando de forma improvisada, com apenas um banheiro e sem ar-condicionado, e sem enfermaria infantil.

Policlínica do Bairro Pedra 90

Na policlínica do Bairro Pedra 90, as irregularidades começam desde a entrada com a porta principal emperrada e enferrujada e os móveis encontram-se todos danificados.

A unidade não tem farmácia, nem um farmacêutico responsável e nem um computador para o controle de estoque de medicamentos e insumos.

Uma estrutura provisória foi improvisada com medicamentos são armazenados em potes de sorvete.

As camas e macas estão danificadas e sem grades de proteção. O telhado tem vazamentos e falta climatização na sala de medicação.

A unidade não possui necrotério e, então, quando um paciente falece, o corpo permanece no leito até ser levado para uma funerária. Também falta computador para o controle de medicamentos.

Os banheiros estão com defeito e a tampa do bueiro desmoronando.

Policlínica do Coxipó

A policlínica do Coxipó está com duas máquinas de ultrassom estão sem uso por falta de técnico especializado e o banheiro precisa de manutenção. Todos os ares-condicionados estão com defeito.

Processos físicos que precisam ser digitalizados e arquivados ocupam todo o espaço de raio-X; dois aparelhos de ultrassom encontram-se parados por falta de técnicos e de local de uso; a sala de internação e medicação possui mau cheiro de esgoto, que transborda pelo ralo em dias de chuva, e, com os aparelhos de ar-condicionado precisando de manutenção, os pacientes e funcionários enfrentam calor intenso na recepção.

Policlínica do Coxipó: Farmácia sem ar-condicionado
Policlínica do Coxipó: Aparelhos de ultrassom parados por falta de técnicos

UPA Pascoal Ramos

Na UPA do Bairro Pascoal Ramos, os sete aparelhos de ar-condicionado necessitam de reparos.

As bombas de infusão também estão com defeito e não funcionam e os móveis estão enferrujando e os armários da sala de curativos despencando.

Faltam cadeiras para os pacientes aguardarem atendimento e limpeza na área externa, que está tomada pelo mato.

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