sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
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ENVOLVIDOS PODEM SER PRESOS

TCE faz “pente-fino” em unidades de saúde para apurar boicote à intervenção

As denúncias foram formalizadas nesta terça-feira (18), pela interventora Danielle Carmona

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai inspecionar hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para averiguar supostos boicotes ao trabalho de intervenção na saúde de Cuiabá.

As denúncias foram formalizadas nesta terça-feira (18), pela interventora Danielle Carmona.

Documentos já foram entregues ao presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social do órgão, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, e ao coordenador da Comissão Especial que acompanha a intervenção, conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida.

De acordo com o conselheiro Guilherme Maluf, as inspeções terão foco na rede secundária, onde estariam havendo mais boicotes.

“Vamos a campo para apurar essas denúncias e, se constatadas, nós comunicaremos ao Ministério Público, que tem participado ativamente do processo. Estamos falando de uma intervenção judicial decretada e se, de fato, isso estiver ocorrendo, os envolvidos podem até ser presos”.

Dentre as denúncias, Danielle afirma que, embora as unidades estejam abastecidas com medicamentos, servidores têm informado aos pacientes que os remédios estão em falta e que precisam ser comprados por familiares.

“Precisamos de profissionais capacitados, com boa vontade em atender quem precisa. A união de esforços tem que envolver o estado, os órgãos de controle e os próprios servidores para garantir o atendimento”, pontuou.

Na ocasião, a interventora apresentou um balanço das ações efetivadas ao longo do primeiro mês do trabalho, que resultou na manutenção de atendimentos e na retomada da realização de cirurgias eletivas.

“Os relatórios mostram o que já temos de indicador positivo, como o início das cirurgias eletivas, a criação de leitos de UTI pediátrica e o aumento da procura nas UPAs, que praticamente dobrou.  Isso está demonstrado em números. Estes são avanços iniciais, então não há de se falar ainda em interrupção da intervenção. A Comissão ainda vai se reunir e estudar esses números”, disse Guilherme Maluf.

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