A secretária de Saúde de Chapada dos Guimarães, Rosa Blanco, afirmou que a morte da dona de casa Marciele Pinho da Silva, de 36 anos, que foi picada por uma cobra jararaca (rabo-de-osso) na semana passada, é um caso isolada.
De acordo com a secretária, a paciente recebeu oito ampolas de soro antibotrópico pentavalente na UPA da cidade e foi encaminhada com o quadro de saúde estável para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde faleceu na quinta-feira (4).
“A secretária municipal de Saúde, Rosa Blanco esclarece que todo o medicamento ministrado à paciente e os protocolos que requer um acidente com serpentes foram adequados”, informou a Prefeitura de Chapada dos Guimarães por meio de nota.
“Rosa Blanco também informa que a UPA de Chapada dos Guimarães conta com os principais soros antipeçonhentos, e outros. Entre eles, os soros antibotrópico, anticrotálico, antiescorpiônico, antiaracnídico, antirrábica e antitetânico”, diz outro trecho da nota.
“Segundo Rosa Blanco, o óbito registrado por acidente com serpente em Chapada dos Guimarães é um caso isolado. E que, esporadicamente, casos semelhantes são atendidos pela UPA e os pacientes são devidamente tratados, sem registro de óbito. Que se trata de uma fatalidade. Mas, que o caso deve ser investigado”, acrescenta a nota.
Marciele estava recolhendo roupas na chácara onde morava, perto da Cachoeira da Geladeira, quando pisou na cobra e foi picada na parte interna do pé.
Conforme a nota da Prefeitura, a paciente deu entrada no box de emergência da UPA às 6h15 de quarta-feira (3), sendo atendida pelo médico André Alessandro Guadagnin.
“A paciente foi imediatamente atendida, e às 6h26 foi devidamente medicada, seguindo os protocolos que requer um acidente com serpentes”, diz a nota.
Além das oitos ampolas de soro, conforme a Prefeitura, Marciele também foi medicada com Fenergan, Hidrocortisona Dipirona e Tramadol.
“Dr. André Guadagnin também esclarece que a paciente deu entrada na unidade de saúde com 240 mmHg de pressão, considerada muito alta. Mas que foi medicada e dado todo o suporte imediato”, diz a nota.
A Prefeitura disse ainda que, por se tratar uma UPA, a recomendação médica foi fazer a regulação da paciente pelo SUS para ser transferida ao HMC, que tem estrutura de internação e tratamento.
Guadagnin afirmou que tentou fazer a regulação de Marciele para atendimento em Cuiabá às 6h45. Mas neste momento não foi atendido pela Central de Regulação.
Logo em seguida houve a troca de plantão e ele foi substituído pela médica Maria Carolina Ferreira Foz Persiani.
“A médica (…) fez nova tentativa de regulação e obteve êxito. Às 10h, a paciente deixou a UPA Frei Osvaldo e foi levada para o HMC, para ser submetida a exames”, relatou a Prefeitura.
“A paciente fez todo o deslocamento entre as unidades de saúde acompanhada pela médica, Dra. Maria Carolina, e uma enfermeira. O quadro de saúde da paciente era estável. A paciente estava sem dor, e conversando”, diz a nota.
A paciente deu entrada no HMC às 10h45 e morreu por volta de 8h de quinta.