THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, fez um duro posicionamento na noite desta quinta-feira (27) em relação a polêmica envolvendo os valores do ingresso para o jogo contra o Flamengo no próximo dia 6 de agosto na Arena Pantanal.
Ontem, o Dourado readequou os valores dos ingressos aumentando o preço dos bilhetes aos seus próprios torcedores. A equiparação foi feita por determinação do Supremo Tribunal de Justiça Desportivo (STJD).
Em vídeo publicado no Instagram do Cuiabá, Dresch iniciou rebatendo as declarações de que o Cuiabá quer se enriquecer em cima do preço do ingresso.
Segundo ele, o jogo contra o time carioca é o produto mais importante do ano para o Dourado visando o pagamento das despesas que giram em torno de R$ 10 milhões mensais.
“O Cuiabá em 2022 teve um lucro de 25 milhões de reais. Todo esse lucro foi investido no clube. Nenhum centavo foi retirado do clube. Onde foi investido esse lucro? Na compra de alguns jogadores. O Cuiabá pela primeira vez comprou os direitos econômicos de vários jogadores. Além disso, estamos investindo na construção de um centro de treinamento novo. Isso aí é público a nível nacional que o Cuiabá está construindo um centro de treinamento ali no Distrito Industrial e esse centro consome muito dinheiro”, afirmou.
O cartola prosseguiu criticando o Procon pela forma como foi notificado a respeito dos valores do ingresso. Ele chegou a declarar que ficou assustado pela pressão, uma vez que nunca se negou a responder as notificações do órgão.
Também criticou as torcidas organizadas do Flamengo, que denunciaram o preço das entradas.
“Todas as vezes as notificações foram enviadas para o Cuiabá por e-mail ou por correspondência. Dessa vez não. Dessa vez, três fiscais do Procon foram até a sede do Cuiabá com uma impressora para emitir a notificação no momento ali da autuação. Algo que a gente nunca viu. Nunca sofremos uma fiscalização desse tamanho”, disse.
“E por quê? Por que a gente está sofrendo essa pressão gigantesca do Procon? Quem está interessado em fazer com que o Cuiabá sofra essa pressão? Para agradar meia dúzia de torcedores, presidentes de torcidas organizadas do Flamengo que fica no Rio de Janeiro a 2.500 quilômetros de Cuiabá?”, questionou.
Dresch não descartou mandar os próximos jogos contra os grandes clubes em outros estados caso essa pressão continue.
“O Cuiabá já recebeu várias propostas para tirar os jogos contra os grandes clubes em Brasília, em Manaus, no Espírito Santo por um lucro muito superior, inclusive”, disse.
“Então assim, nós não temos intenção nenhuma de tirar, de vender os nossos jogos para outros estados. Mas se nós continuarmos sendo pressionados do jeito que estamos sempre pressionados, é uma possibilidade que nós vamos ter que pensar”, pontuou.
Veja o pronunciamento: