A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de uma criança de três anos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop e indiciou dois médicos pelo crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Manoella Tecchio deu entrada na unidade de saúde no dia 7 de março com sintomas gripais. Ela foi atendida por um profissional, que pediu um exame de sangue e urina e, logo depois, a liberou com diagnóstico de tosse alérgica.
No entanto, a menina não apresentou melhoras e, no dia seguinte, retornou na unidade de saúde. No novo atendimento, foi solicitado um raio X, que apontou que o pulmão da menina já estava comprometido. Horas depois, ela morreu.
Conforme o delegado Ugo Reck Mendonça, durante as investigações ficou constatado que houve negligência por parte do médico que fez o primeiro atendimento e imperícia do segundo profissional.
O delegado destacou que a exumação do corpo da menina foi um procedimento sensível, porém, fundamental para a investigação, que ofereceu elementos para o indiciamento dos profissionais.
“Antes tínhamos indícios do primeiro atendimento. Com a exumação identificamos uma imperícia por parte do terceiro médico que atendeu a vítima e que levou à morte da menina”.
Na certidão de óbito constou que a criança morreu em decorrência de choque séptico e agravamento da pneumonia. Após a exumação, a perícia identificou que a morte ocorreu em razão de choque hipovolêmico (perda de sangue) causado por pneumotórax hipertensivo.