CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso determinou a transferência da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo para um presídio de Cuiabá. A decisão foi dada nesta sexta-feira (22), pela juíza Monica Perri Siqueira.
A empresária foi presa na manhã de quarta-feira (20), em Patos de Minas, Minas Gerais, suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri.
A Polícia Civil de Mato Grosso pediu a transferência, uma vez que o crime contra Zampieri está sendo investigado na Capital.
Consta na decisão da magistrada, que a defesa da empresária pediu que ela fosse mantida presa em Minas Gerais por ameaças sofridas em Mato Grosso.
A juíza, por sua vez, pontuou que “neste momento não há nenhuma comprovação de que a custodiada possui vínculos familiares em Minas e, principalmente, acerca das ameaças que alega estar sofrendo”.
Monica Perri citou, ainda, que não há comprovação de que o sistema prisional mineiro possui vaga para abrigar a empresária.
“Crime gravíssimo”
Por fim, a magistrada citou que o crime pelo qual Maria Angélica está sendo acusada de ser a autora intelectual é “gravíssimo” e ocorreu em, Cuiabá.
“Por conseguinte, o inquérito policial e a possível ação penal irão tramitar nesta capital. A presença da custodiada se faz necessária para a realização dos atos processuais, principalmente para a colheita das provas e êxito das investigações”, concluiu.
O crime
O advogado Roberto Zampieri foi morto em 5 de dezembro, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, quando deixava o escritório Zampieri & Campos, do qual era sócio.
Uma câmera de segurança registrou o momento da execução.
O advogado entrou em seu veículo, um Fiat Toro, e foi assassinado pelo homem que passava a pé pela calçada.
Ele atirou várias vezes contra a vítima e depois fugiu.
O homem suspeito de ser executor do crime, identificado como Antônio Gomes da Silva, foi preso em Santa Luzia, em Minas Gerais.