THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O desembargador Hélio Nishiyama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou habeas corpus e manteve a prisão do médico Bruno Gemilaki Dal Poz. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (9).
Ele está preso desde o dia 22 de abril por envolvimento no ataque a uma residência que terminou com dois mortos em Peixoto de Azevedo.
Além de Bruno estão presos pelo crime a mãe dele, a pecuarista Inês Gemilaki, e Eder Gonçalves Rodrigues, irmão do padrasto do médico.
No HC, a defesa alegou que Bruno apresenta “frágil estado de saúde” e “possui grave transtorno psiquiátrico, bem como dependência de medicamentos”.
Na decisão, porém, o desembargado citou a “brutalidade e a frieza” do crime e afirmou que a manutenção da prisão de Bruno, assim como a dos demais acusados, é “imprescindível”.
Nishiyama ainda ressaltou que não há documentos que comprovem que o médico “se encontra debilitado por doença grave, muito menos a incapacidade do sistema prisional de prestar a respectiva assistência médica”.
“Nesse cenário, não se vislumbra, neste momento, a presença de pressuposto autorizativo à concessão da tutela de urgência vindicada. Portanto, indefiro a medida liminar”, decidiu.
O crime
O ataque ocorreu na tarde do dia 21 de abril. Toda ação foi filmada por câmeras de segurança e ganhou repercussão nacional.
Foram mortos os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57. O padre José Roberto Domingos e o dono da casa, Enerci Afonso Lavall, principal alvo dos acusados, ficaram feridos.
A motivação, segundo a Polícia, foi um desacordo referente a um contrato de locação. Inês morou no imóvel da vítima, que ajuizou uma ação de cobrança contra ela.