THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
A delegada Renata Evangelista, da Delegacia da Mulher de Sinop, afirmou que o fato da jovem Bruna de Oliveira, de 24 anos, ter passagem criminal, não justifica ter sido assassinada e arrastada pelas ruas da cidade. O crime ocorreu neste fim de semana.
Bruna respondia um processo por tráfico de drogas e usava tornozeleira eletrônica. Ela tinha três filhas.
“Essa parte a gente considera bastante irrelevante. O fato dela usar tornozeleira, ter cometido um crime ou não, não justifica ninguém matar, amarrar e sair arrastando essa pessoa como se fosse um saco de batatas”, disse a delegada.
Renata coordenou a operação que levou a prisão do assassino, Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, nesta segunda-feira (3), em Nova Maringá, a 300 km de Sinop.
Em depoimento, ele alegou que matou a jovem após uma discussão.
“O suspeito alega que estava consumindo entorpecentes com a vítima, associado à bebida alcoólica e, após uma discussão, ele teria ‘voado’ no pescoço dela com as duas mãos, lançado ela ao chão, e batido a cabeça dela até ela desfalecer”, disse a delegada, ao enfatizar que os dois estavam se encontrando há alguma tempo.
Após perceber que havia matado a vítima, Wellington disse que só queria se livrar do corpo.
“E aí disse que teve a ‘ideia’, a ‘brilhante ideia’, de pegar uma corda, amarrar no pescoço dela e sair com a moto arrastando”, afirmou a delegada.
Renata revelou que o assassino já tinha passagem por violência doméstica no Estado do Alagoas. Ela declarou tolerância zero com esse tipo de crime em Sinop.
“O que eu quero ressaltar aqui é que em Sinop não cabe, não tem espaço para esse tipo de situação. Estamos engajados para que isso não ocorra aqui e em ocorrendo, o cara pode fugir para onde quer que seja, que nós vamos mover mundos e fundos para encontrá-lo”, pontuou.