THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O delegado Geordan Fontenelle, alvo da Operação Diaphthora, encaminhou à Diretoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso, um pedido de desistência do estágio probatório – período de experiência – que terminaria em novembro.
O delegado chegou a ser preso na operação, deflagrada em abril, acusado de montar um “gabinete do crime” na Delegacia de Peixoto de Azevedo. Ele foi solto no mês passado por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mediante uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.
De acordo com a Polícia Civil, o pedido passará pela análise da assessoria jurídica e da diretoria para as posteriores providências cabíveis.
A Polícia Civil ressaltou que as investigações da Corregedoria-Geral que apuram as condutas nas esferas criminal e administrativa do delegado seguem em andamento normalmente.
A operação
Além do delegado, também foi preso na ação o investigador Marcos Paulo Angeli, que igualmente já foi solto.
A operação investigou um esquema de cobrança de propina que teria sido criado e comandado pelo delegado.
De acordo com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, o delegado e o investigador são acusados de solicitar o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.
Conforme a investigação, o esquema ainda contava com participação de advogados e garimpeiros da região.