O delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval, afirmou que a “instituição está acima de opiniões” após a polêmica envolvendo a exoneração do delegado Flávio Stringueta.
Em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta segunda-feira (19), Dermeval apontou que a PJC respeita Stringueta, mas que os interesses da instituição vêm em primeiro lugar.
Flávio Stringueta foi exonerado do cargo de chefia que desempenhava junto à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) após a veiculação de diversos artigos de opinião nos quais contestava ações do Ministério Público de Mato Grosso.
À época, Stringueta disse que sua exoneração veio como uma retaliação por suas críticas e chegou a afirmar que sua cabeça teria custado R$ 30 milhões.
À CBN Cuiabá, o delegado-geral apontou que já havia um planejamento em torno da troca de comando na GCCO e revelou que a instituição ficou “muito chateada” com a fala de Stringueta sobre os R$ 30 milhões.
“Porque ele não participou em momento algum da gestão de construção do nosso prédio, da nossa sede. Esses R$ 30 milhões foram por 5 anos incansavelmente batalhados por 5 diretores da instituição”, disse.
“As instituições estão acima das pessoas. A opinião de qualquer delegado é respeitada. Mas, dependendo do cargo em que ele esteja, não podemos romper com instituições parceiras da Polícia Civil por conta da opinião de um colega”, acrescentou.