THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O pedreiro Antônio Gomes da Silva assumiu ter sido o autor dos disparos que mataram o advogado Roberto Zampieri, em dezembro do ano passado, em Cuiabá, e isentou os outros três suspeitos do crime.
A declaração foi feita durante audiência de instrução e julgamento da ação penal que apura o assassinato, realizada nesta segunda-feira (22), no Fórum de Cuiabá. Ele aceitou responder apenas as perguntas dos próprios advogados.
Segundo o pedreiro, o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini e o empresário Hedilerson Fialho Martins Barbosa não tem envolvimento com o crime. Eles são apontados como mandante, financiador e intermediado do assassinato, respectivamente.
Antônio disse ter sido pressionado pelos delegados que investigaram o caso a citar supostos envolvidos e prometeu revelar a mando de quem agiu somente no júri popular.
“Eu não vou revelar agora, porque sei com quem estou mexendo”, alegou.
Ainda durante depoimento, Antônio confirmou que a arma usada no crime era de Hedilerson, mas disse que o amigo não sabia de nada até ser preso.
Ele afirmou ter pego a arma enquanto Hedilerson estava no banho e, depois, devolvido no mesmo lugar que estava.
O pedreiro ainda alegou estar arrependido do crime e, principalmente, de ter envolvido outras pessoas que não têm nada a ver com a situação, segundo ele.
Caçadini e Barbosa também foram interrogados na tarde de ontem e negaram ter envolvimento no crime.
O crime
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado na noite de 5 de dezembro de 2023, quando deixava seu escritório no Bairro Bosque da Saúde.
Ele havia acabado de entrar em seu carro quando foi surpreendido pelo assassino e baleado dez vezes.