O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o pecuarista Samuel Pires Barbosa, de 46 anos, por homicídio duplamente qualificado contra o próprio filho, Rafael Campos Barbosa Nakamura, de 23.
O crime aconteceu no dia 16 de junho de 2024, no Distrito Nova União, no município de Cotriguaçu, no noroeste de Mato Grosso.
Conforme o MPE, após uma intensa discussão por desavenças familiares, o denunciado mandou o filho ir embora de casa.
No momento em que a vítima saiu, foi perseguida pelo pai, que portava uma pistola calibre 7.65.
“Durante o trajeto o denunciado alcançou a vítima, situação em que desferiu um tiro na região occipital (parte de trás/nuca) da cabeça da vítima, o que denota utilização de recurso que tornou impossível a defesa da vítima”, relatou na denúncia o promotor de Justiça substituto, Cristiano Felipini.
O rapaz foi socorrido e levado ao hospital, onde veio a óbito no dia 22 de julho.
Conforme depoimento do pecuarista, ele possuía a pistola há cinco anos, de forma ilegal.
Após o crime, a polícia realizou diligência na casa do denunciado, ocasião em que localizou também um rifle calibre 22, com cinco munições intactas. A posse da arma também era ilegal.
Para o MPE, a morte ocorreu mediante motivo fútil, uma vez que o denunciado “ceifou a vida da vítima por ela ter ido embora de casa. Verifica-se dolo direto, pela nítida intenção de matar, em razão do tiro ter sido desferido na nuca da vítima”.
Suposta ameaça
O pecuarista, que está em prisão preventiva em Colniza, requereu a transferência da unidade prisional, alegando que estaria sendo ameaçado.
O juiz da comarca mandou ouvir o chefe da cadeia, o qual informou que o criminoso se encontrava na “cela do seguro”, onde não corre risco algum. O MPE se manifestou por mantê-lo na prisão onde está.