Após declarações polêmicas feitas pelo padre Paulo Antônio Müller, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Tapurah, que chamou um repórter da Globo e seu marido de “viadinhos” durante uma missa, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) iniciou uma investigação sobre o caso.
Segundo nota emitida pelo Ministério Público na manhã de quarta-feira (16), as “declarações homofóbicas” feitas pelo padre “extrapolam liberdade religiosa” e serão investigadas para adoção de medida judicial cabível ao caso.
Confira o comunicado emitido pelo MPMT na íntegra a seguir:
“Em relação às declarações homofóbicas feitas durante uma missa por um padre da Igreja Católica no município de Tapurah (451 Km de Cuiabá), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso informou que instaurou procedimento investigatório para apurar os fatos e colher os subsídios necessários para adoção de medida judicial cabível.
O Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, repudia qualquer tipo de discurso de ódio. Reitera que as declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido.”