sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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OPERAÇÃO CUPINCHA

Ex-secretário de Emanuel é preso pela PF por esquemas na Saúde

Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão aqui na Capital e em Curitiba (PR)

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (28). O ex-gestor comandou a pasta, entre junho e julho deste ano, mas antes disso chegou a ocupar outros cargos de direção na Secretaria.

A prisão foi executada durante deflagração da Operação Cupincha, que é a segunda fase da Operação Curare, desencadeada no mês de julho deste ano. Naquela ocasião, Célio havia sido afastado do cargo.

Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão aqui na Capital e em Curitiba (PR).

Um dos alvos é a sede da Cervejaria Cuyabana, em Várzea Grande.

Há também mais dois mandados de prisões preventivas e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.

A ação desbaratada nesta manhã visa a realização de diligências investigativas ostensivas, bem como de identificação e de constrição patrimonial, em decorrência de atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde.

Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões , manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.

Esses pagamentos, conforme a PF aconteciam de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

Ainda segundo a PF, o nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.

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