Um dos fundadores do DEM em Mato Grosso, o ex-senador Júlio Campos demonstrou sua contrariedade com a decisão da sigla, que optou pela fusão com o PSL.
O político admitiu, inclusive, a possibilidade de deixar os quadros do partido.
“No DEM, eu estava como pré-candidato a deputado estadual, mas agora o quadro muda. No União Brasil, não sei nem se vou continuar filiado”, disse.
“Vamos aguardar. Ainda é muito cedo para decidir qualquer coisa”, emendou o político.
A criação do “União Brasil” foi aprovada em convenção realizada pelo PSL e DEM, mas ainda precisa ser oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“A fusão foi uma decisão pessoal do presidente [ACM Neto] com a sua cúpula. Isso é coisa mal feita e pode não dar certo”, argumentou Júlio.
“Vejo como um erro grave ele ter tomado essa decisão por conta própria e sem ouvir as bases. Nunca recebi um telefonema para saber se nós, fundadores do DEM, concordávamos com essa fusão”, criticou.
Em Mato Grosso, por exemplo, é dada como certa uma possível debandada na sigla, especialmente, dos nomes do PSL que são mais ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) é um dos que afirmou aguardar uma sinalização do presidente para definir em qual sigla deverá se acomodar.
Na Assembleia Legislativa, também é possível que os deputados Elizeu Nascimento, Ulysses Moraes, delegado Claudinei e Gilberto Catttani – todos do PSL – busquem novos partidos.
