Apesar do aumento histórico no desmatamento do bioma Amazônia, Mato Grosso reduziu os alertas de desmatamento em 30,6% no último trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado oficial é do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER/INPE).
O resultado é fruto da política de prevenção e combate ao desmatamento ilegal estadual, e dos investimentos estaduais, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, durante entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá na terça-feira (16).
“Mato Grosso continua reduzindo o desmatamento, na contramão da alta crescente de outros estados da Amazônia Legal. No mês de outubro, houve uma queda no desmatamento de 7% em Mato Grosso, enquanto na Amazônia, de uma forma geral é considerado o mês com o maior desmatamento da série histórica”, explicou.
Em Mato Grosso, o mês de agosto apresentou uma redução apurada de 41%, e em setembro, 35%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
“Estamos contrariando o crescente desmatamento da Amazônia. Enquanto o estado do Amazonas, que historicamente nunca esteve à frente de Mato Grosso em desmatamento, nos superou, Mato Grosso continua decrescendo mês a mês”, conta a gestora.
A área de alertas detectada para todos os estados da Amazônia juntos no mês de outubro foi de 863 km², uma alta de 3,7% em relação a 2020 e recorde da série histórica de cinco anos.
A Amazônia apresentou um aumento de 20% no desmatamento nos meses de agosto, setembro e outubro de 2021 em relação à média histórica de 2.267 km² apurados no período entre os anos de 2015 a 2020.
O bioma Amazônia que está presente em nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e Maranhão.
O DETER é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo INPE. Foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e demais órgãos.