O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, que é filiado ao Democratas, afirmou que o partido se “acomodou”. Porém, ao contrário de parte da sigla que atribui a responsabilidade ao presidente da legenda a nível estadual, o ex-deputado Fábio Garcia, o gestor disse que a “culpa” é coletiva.
A suposta estagnação do partido foi explicada por Gilberto durante entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta terça-feira (7). Para o gestor, a sigla se acomodou após conquistar a cadeira principal do Estado, com a eleição do governador Mauro Mendes (DEM), e obter a presidência da Assembleia Legislativa, à época em que o deputado Eduardo Botelho (DEM) comandada a Casa de Leis.
Mesmo com o cenário politicamente positivo diante do fato de o partido estar representado em cargos de destaque na máquina pública, a direção estadual da legenda foi alvo de críticas por parte de seus filiados, a exemplo do ex-governador Júlio Campos.
Sem esconder seu descontentamento, Júlio Campos, que é uma das principais representações do partido, chegou a dizer que a “demora do DEM” comandado por Fábio Garcia impactou em uma suposta derrota da sigla nas urnas. Na contramão do cacique, o secretário afirmou que não é possível atribuir a culpa somente a uma pessoa dentro de toda uma legenda.
“Acho que o fato de o DEM ter conquistado o governo do Estado, ter conquistado a presidência da Assembleia Legislativa deixou o DEM acomodado. O DEM não é feito apenas pelo seu presidente, é feito pelos seus filiados, pelos diretores, então não dá para atribuir essa responsabilidade somente ao presidente”, disse Gilberto.
“É um conjunto. A culpa se o DEM não se aprofundou no trabalho político é uma responsabilidade de todos aqueles que são filiados ao partido. Então, não dá para atribuir essa responsabilidade somente ao Fábio Garcia que neste momento não tem nenhum cargo eletivo e tão pouco está na estrutura do Executivo estadual”, acrescentou.
O gestor afirmou ainda acreditar que Fábio Garcia será o presidente do União Brasil, partido fruto da fusão entre do DEM e o PSL. Neste sentido, para o secretário, o líder estará mais atuante frente as questões internas da legenda.