Jaíra Gonçalves de Arruda, madrasta da menina Mirella Poliana Chuê, 11 anos, negou ter matado a enteada envenenada durante o primeiro dia de depoimentos. Diante da juíza Mônica Perri Siqueira, a acusada chorou diversas vezes e se recusou a apontar quem teria provocado a morte da menor.
O depoimento de Jaíra foi prestado à Justiça ao longo da quinta-feira (9). Contudo, nesta sexta-feira (10) a escuta segue, com programação que inclui o debate das partes.
Última oitiva da noite e uma das mais longas registradas ao longo do dia, o depoimento de Jaíra apresentou informações que confrontavam diretamente falas prestadas por outros depoentes.
Um dos relatos que apresentou dissonância com o de outro depoente se deu quando a madrasta negou ter procurado o advogado da família para tratar sobre a herança da criança no valor de R$ 800 mil, que teria sido a motivação para o crime.
Diante da magistrada, Jaíra contrapôs o apontamento do advogado afirmando que nunca o procurou para tratar dos bens da criança. Segundo o homem, contudo, ela chegou a questionar como ficaria a linha sucessória caso a menina morresse e também questionou se poderia comprar um imóvel com o dinheiro da herança.
Outro momento de contraste entre os depoimentos foi quando Jaíra negou ter entrado em contato com a médica que cuidou da criança apenas para saber sobre o histórico de custo médico, conforme foi apontado pela profissional da saúde.
Segundo a madrasta, no dia citado pela médica ela havia entrado em contato para tratar sobre o estado de saúde da menor.
Além de Jaíra, o advogado, a médica, o pai da menina, parentes da madrasta e outras pessoas foram ouvidas ao longo do dia. A sessão plenária segue sendo realizada ao longo desta sexta-feira.